Marcel Buono   |   14/02/2020 09:00

Tráfego aéreo entre Brasil e Portugal dobrou em 2019

Entre os principais mercados internacionais que envolvem o País, o português foi o único a apresentar crescimento. Argentina, Chile e Paraguai apresentaram recuos

O relatório anual da Associação Latino-americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) revelou que, entre 2018 e 2019, o tráfego entre Brasil e Portugal mais que dobrou. No último ano, mais de 438 mil pessoas viajaram entre os dois países, sendo 105,5% a mais que os 213,2 mil viajantes do ano anterior.

Entre os principais mercados internacionais que envolvem o Brasil, o português foi o único a apresentar crescimento. Na América do Sul, o fluxo de passageiros rumo à Argentina caiu 7,1%, ao Chile recuou 2%, e ao Paraguai diminuiu 3,6%. Em relação aos Estados Unidos, o tráfego foi 2,6% menor, totalizando 2,2 milhões de pessoas.

"O mercado Brasil-Portugal foi fundamental a partir do aumento da frequência de voos da Latam e da Azul entre os dois países, que dobrou entre 2018 e 2019. Também é importante destacar a eliminação da exigência de visto para cidadãos americanos, japoneses, canadenses e australianos, o que gerou um crescimento de 16% no número de turistas que visitaram o País apenas no primeiro semestre do ano. A implementação de políticas positivas e oportunas deve aumentar ainda mais o tráfego de passageiros em 2020”, comentou o CEO da Alta, Luis Felipe de Oliveira.

Emerson Souza
Luis Felipe de Oliveira, CEO da Alta
Luis Felipe de Oliveira, CEO da Alta
Considerando todas as companhias aéreas da América Latina e do Caribe, mais de 307 milhões de pessoas foram transportadas em 2019, representando um aumento de 3,9% (ou 11,5 milhões de paxs adicionais) na comparação com 2018. O tráfego (RPK) cresceu 3,6% e a capacidade (ASK) aumentou 3,3%, elevando a taxa de ocupação média para 81,8%.

"Este foi o 16º ano consecutivo de aumento no tráfego na América Latina e no Caribe, sendo um resultado para celebrar. Não foi um ano fácil, uma vez que a atividade econômica na região foi substancialmente menor que a prevista e cinco companhias aéreas deixaram o mercado. A indústria também enfrentou uma onda de instabilidade política e social que afetou principalmente Chile, Colômbia e Equador. Apesar disso, o setor permaneceu resiliente", constatou o CEO.

Reprodução/Alta
“Operamos em uma região muito desafiadora, mas com oportunidades de ouro impulsionadas pelas belezas naturais e culturais, pela complexidade geográfica e pelas companhias aéreas comprometidas com a sustentabilidade do transporte aéreo, cada vez mais responsável para com o meio ambiente e as comunidades. A aviação é o grande motor do desenvolvimento econômico e social da região e, trabalhando de maneira coordenada, conseguiremos que ela alcance seu potencial para o benefício de todos os países”, completou Luis Felipe de Oliveira.

Considerando apenas o tráfego doméstico dos países da América Latina e Caribe, mais de 232 milhões de pessoas foram transportadas, sendo 4,8% a mais que no ano anterior. Já o tráfego internacional contou com 75 milhões de passageiros. Com um fluxo de quase 3,5 milhões de pessoas, Brasil e Argentina estabeleceram o mercado intrarregional mais importante, enquanto México e Estados Unidos seguiram como principal mercado extra regional, com um fluxo de quase 9,5 milhões de viajantes.

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