Aviação desacelera com retração da economia e crise da Avianca
Associação de Transporte Aéreo da América Latina e Caribe (Alta) divulgou números da aviação regional no mês de abril, que revelam crescimento menor do setor no País
As companhias aéreas da América Latina e Caribe transportaram 24,1 milhões de passageiros em abril, 4,4% a mais do que o mesmo mês no ano passado. O número representa um milhão de passageiros adicionais. E o Brasil, que crescia com dinamismo nos últimos meses, teve uma leve desaceleração em abril, com crescimento de apenas 0,61%. Os principais motivos para essa queda foram a crise da Avianca Brasil e uma retração da economia durante o primeiro trimestre.
No entanto, no acumulado anual, o Brasil atingiu um crescimento de 3,2%, o que demonstra uma vez mais que a indústria é flexível diante de condições econômicas desafiantes, de acordo com a Associação de Transporte Aéreo da América Latina e Caribe (Alta).
CRESCIMENTO REGIONAL
O México, que é o segundo mercado mais importante da região, teve um crescimento sólido com quase 400 mil passageiros adicionais no seu mercado doméstico, equivalente a um aumento de 8,3%. Assim como o Brasil, o México atravessa condições econômicas desafiantes, com uma retração da sua economia de 0,2% durante o primeiro trimestre de 2019.
A Argentina, Chile e Peru continuam com um crescimento superlativo. Em abril foram transportados 1,14 milhões de passageiros no mercado doméstico chileno, equivalente a um crescimento percentual de 37,8%. Este dinamismo no Chile vem impulsionado pela redução de taxas aeroportuárias iniciada em 2018 e pelo crescimento das LCC (companhias low cost carrier). A Argentina, por sua vez, cresceu 16%, transportando 1,2 milhões de passageiros em abril. E no Peru foram transportados 1,2 milhões de passageiros, o que representa 15% a mais que em abril de 2018.
“As companhias aéreas da região continuam fazendo ajustes para se adaptarem às condições macroeconômicas e às incertezas diante do panorama econômico mundial. Ainda assim, o tráfego de passageiros continua mostrando uma tendência positiva e, atualmente, o crescimento na região, em termos percentuais é superior ao crescimento global”, afirma o CEO da Alta, Luis Felipe de Oliveira.
O tráfego inter-regional mostrou um leve decrescimento pelo segundo mês consecutivo (-1,7%), impulsionado principalmente pela diminuição do tráfego entre Argentina-Chile, Argentina-Panamá e Argentina-Brasil. O tráfego internacional extra-regional cresceu 6,5%, impulsionado pelo crescimento do tráfego para a Europa (16%) e para a América do Norte (4,7%).