Abear apresenta cenário do setor aéreo ao ministro Márcio França

Foi realizada ontem (7), em Brasília (DF), a primeira reunião de 2023 da Seção V de Transporte Aéreo de Cargas e de Passageiros da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), que reúne entidades do setor aéreo. Foi apresentado ao ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, e parlamentares, o cenário do setor aéreo brasileiro e a agenda das entidades participantes da seção, com o objetivo de ampliar o diálogo entre o setor, o Governo Federal e o Congresso Nacional. O encontro foi coordenado pela diretora de Relações Institucionais da ABEAR e presidente da Seção, Jurema Monteiro, com participação também do presidente da ABEAR e vice-presidente da CNT, Eduardo Sanovicz, e do presidente da CNT, Vander Costa.

“É uma honra dirigir este encontro que abre os trabalhos de 2023. Hoje a nossa pauta é bastante especial porque temos aqui conosco um conjunto de autoridades que vieram conhecer as nossas associações, de forma que a gente possa construir um diálogo de contribuição tanto com o Executivo quanto com o Legislativo”, disse Jurema Monteiro na abertura do encontro.

“Sabemos que a aviação é uma área internacionalizada com valores que não dependem só de eficiência, pois boa parte de nossas aeronaves não são brasileiras e em especial o combustível que é em dólar. Tenho recebido algumas empresas e tenho procurado passar uma visão de que estamos cientes das cargas que vocês estão lidando, mas nós entendemos que estamos aqui para ajudar e encontrar soluções, cada uma no seu momento e nível de urgência”, afirmou o ministro Márcio França. Ele também falou sobre o desejo do Governo Federal em expandir o número de aeroportos regionais e criar mecanismos que contribuam para o aumento da demanda, fazendo com que mais brasileiros possam utilizar o transporte aéreo no Brasil.

“É um sentimento especial presidir a comissão sobre esse tema. É desafiador defender o setor na Câmara diante do desconhecimento de muitos parlamentares sobre os altos custos com o QAV, leasing, Custo Brasil e o ICMS, imposto esse que não existe em outros países. Não é fácil fazer aviação. Então quem faz parte do setor eu parabenizo porque são grandes guerreiros e corajosos que acreditam no Brasil”, afirmou o deputado federal e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Aviação Civil na Câmara, Felipe Carreras (PSB/PE).

“A atuação do Parlamento é fundamental para adequar a legislação vigente e criar o ambiente necessário para que tudo o que é projetado pelo setor tanto quanto pelo Executivo seja concretizado. Essa frente parlamentar foi construída por mais de 200 deputados e nós estamos à disposição para atender os temas do setor, buscando viabilizar por exemplo a democratização do transporte aéreo”, disse o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista dos Portos e Aeroportos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB/SP).