Debate: "Aviação deve acabar com imagem de vilã por emissão de CO2"
O tema foi debatido durante o evento Lufthansa Master Class
Durante o Lufthansa Group Master Class 2022, realizado hoje (1º) em São Paulo pela PANROTAS e pela Lufthansa, a analista sênior de Sustentabilidade da Embraer, Vivian Bittar, comentou que a aviação é vista como vilã pela emissão de CO2, rótulo que tem que acabar.
“A aviação é vista como vilã nesse aspecto, mas é preciso quebrar essa imagem. Afinal, esse setor é o que mais investe para superar os desafios que tem e o que ele traz de retorno tem um grande potencial. Essa indústria oferece o privilégio de poder voar de um lugar para o outro, sem contar que ela está à frente das agendas de sustentabilidade e assume compromissos antes de os outros setores se organizarem”, comenta Vivian.
Para a country manager Brasil na United Airlines, Jacqueline Conrado, as companhias aéreas devem sempre buscar soluções. "As aéreas são responsáveis por 2% das emissões de carbono a nível global, então, temos que estar ao lado das soluções. A partir da pandemia houve um despertar ainda mais intenso em relação a essa questão, pois com a guerra na Europa ficou claro que não podemos mais depender dos combustíveis fósseis", comenta Jacqueline. De acordo com ela, a United receberá mais de 300 novas aeronaves e todas terão o compromisso de reduzir a emissão de CO2.
Reforçando essa opinião, a head de Comunicação e ESG na BeFly, Andréa Panisset, concorda que as empresas devem sempre estar envolvidas com a questão da sustentabilidade. "Elas devem conhecer as práticas que estão sendo feitas e potencializar o discurso em torno delas. Por exemplo, quando o cliente chega para comprar uma passagem aérea e o consultor sabe o impacto e a importância que a compensação de carbono tem para ele, deverá abordar esse tema durante a negociação", comenta Andréa.
Por fim, a diretora executiva da Alagev, Giovana Jannuzzelli, acredita que o olhar voltado para questões de sustentabilidade e inclusão partem primeiro da pessoa física, para depois fazerem parte da empresa. "Essas questões sensibilizam primeiro o ser humano. Se dentro de casa ele separa o lixo, faz a coleta seletiva e estimula o trabalho de produtores locais, começará a ampliar a visão para outros aspectos da vida de PJ. E naturalmente a empresa passará a olhar isso", destaca Giovana.
O tema da sustentabilidade, diversidade e inclusão foi abordado durante o painel, que também contou com a presença do sustainability director na DSM, Marcelo Vettorazzo.