British Airways retira Buenos Aires do serviço com São Paulo
Mudança será implementada em março do ano que vem; veja entrevista com country manager
A British Airways deixará de envolver Buenos Aires na ligação entre São Paulo e Londres a partir de 28 de março do ano que vem, de acordo com o country manager da British/Iberia no Brasil, José Antônio Coimbra. Dessa forma, os voos serão operados de forma separada, sendo um direto e diário de Londres para São Paulo e um de Londres para Buenos Aires (este último com cinco frequências semanais).
"Fizemos essa mudança com base na demanda e nas perspectivas futuras. Essa alteração resultará em um aumento de 30% a 35% na oferta", comenta Coimbra. Outra novidade para o Brasil é a retomada do voo da Iberia entre o Rio de Janeiro e Madri, com três frequências semanais, a partir de 30 de outubro deste ano.
RETOMADA MAIS RÁPIDA DO QUE O ESPERADO
"A recuperação foi mais rápida do que esperávamos, principalmente no lazer. O corporativo, que sempre respondeu pela maior parte do nosso share, está mais lento e voltando gradualmente. Atualmente nosso share está em 50% de lazer e 50% de corporativo", comenta Coimbra. Por conta disso, o foco das companhias aéreas está nos eventos corporativos. "Participamos do Abroad e também estaremos presentes no Download" (uma parceria entre Academia de Viagens Corporativas e PANROTAS), comenta o executivo.
De acordo com ele, as vendas indiretas respondem por 75% das vendas no Brasil. "Os negócios crescem mais rapidamente via trade do que em nosso canal direto. O profissionalismo das agências e a consultoria que elas dão ao passageiro fazem com que tenham um share muito maior", destaca o country manager da British/Iberia no Brasil.
Outra novidade das companhias aéreas é que elas estão trabalhando com o NDC, que já responde por 10% das vendas no Brasil. "Também estamos modernizando bastante nossas aeronaves, seguindo a premissa da sustentabilidade, com a neutralização de carbono e voos operados com SAF (combustível sustentável)", comenta Coimbra.
A redução de 30% na oferta em relação ao período pré-pandemia resultou em um aproveitamento melhor no que se refere à ocupação e à tarifa média. "Nosso desafio agora é dar continuidade aos bons resultados e garantir a ocupação e a rentabilidade dos voos em que estamos aumentando a oferta", comenta o executivo.