Latam recupera 72% da capacidade de 2019, mas tem prejuízo de R$ 523 mi
A Latam divulgou um balanço com os números do segundo trimestre
O Grupo Latam anuncia os seus resultados financeiros consolidados para o segundo trimestre do ano. O destaque do balanço vai para a retomada gradual da operação, recuperando 72,6% dos níveis de capacidade (medida em ASK) de 2019. O volume representa mais que o dobro da capacidade do mesmo trimestre de 2021, o que representa crescimento de 135,2%. Essa recuperação da capacidade, segundo argumenta a direção da companhia, é explicada principalmente pela solidez dos mercados domésticos no Brasil, Colômbia e Equador, além da recuperação das operações internacionais, e ocorre em um contexto marcado por forte aumento do preço dos combustíveis.
No período, a receita operacional total do grupo atingiu US$ 2,22 bilhões, 6,1% a menos do que em 2019, mas registrou um aumento de 150,5% em relação ao ano passado. Por sua vez, os custos aumentaram 3,5% em relação ao mesmo trimestre de 2019, impulsionados por um aumento de 31,5% na linha de custo de combustível no trimestre em relação ao mesmo período de 2019.
Ao final do segundo trimestre, a Latam teve prejuízo de US$ 523,2 milhões.
O CEO da empresa aérea, Roberto Alvo, comentou os resultados do período. "Encerramos um segundo trimestre com um progresso significativo em nosso processo de reorganização do Chapter 11 e esperamos sair dele durante o último trimestre deste ano. Apesar de termos avançado na recuperação operacional, continuamos cautelosamente otimistas em relação aos próximos meses, monitorando de perto os preços dos combustíveis e as variáveis macroeconômicas, pois o setor ainda se encontra em um ambiente muito dinâmico", diz.
No período, o grupo Latam obteve a aprovação do Tribunal de Falências dos Estados Unidos para seu Plano de Reorganização e assegurou seu financiamento de saída.
Na Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas (JEA), a companhia obteve a aprovação necessária de seus acionistas para a nova estrutura de capital da empresa e a emissão dos instrumentos de financiamento apresentados no Plano. Recebeu o apoio da grande maioria dos acionistas, que corresponde a 99,8% das ações presentes ou representadas na Assembleia, e a 77,5% do total de ações com direito a voto, permitindo à Latam iniciar a fase final dos requisitos regulatórios no Chile para eventual implementação do Plano.
A aérea já iniciou o processo de registro dos instrumentos do Plano no Chile, que começou com a apresentação do pedido de registro dos instrumentos perante a Comissão do Mercado Financeiro (CMF) em 8 de julho deste ano.