Rodrigo Vieira   |   14/03/2022 10:19
Atualizada em 14/03/2022 10:48

Gol comemora seu melhor trimestre desde o início da pandemia

Quarto trimestre de 2021 é 54% maior do que o mesmo período em 2020 em receita líquida


Divulgação/Gol
Boeing 737 Max da Gol
Boeing 737 Max da Gol
A Gol Linhas Aéreas comemorou, no período de outubro a dezembro de 2021, o melhor resultado operacional trimestral desde o início da pandemia. A companhia divulgou seus resultados nesta segunda-feira (14), consolidados do quarto trimestre de 2021 (4T21), e detalhou suas iniciativas contínuas em resposta à retomada da demanda por viagens aéreas no Brasil.

A Receita Líquida foi de R$ 2,9 bilhões no 4T21, 54,5% superior ao 4T20 e a maior desde o início da pandemia.

Cerca de 6,5 milhões de passageiros foram transportados pela companhia no período, alta de 26,1% na comparação com o último trimestre de 2020. Este total é 68% do observado no último trimestre de 2019, portanto pré-pandemia.

A taxa de ocupação média das aeronaves (load factor) foi de 82,6%, um aumento de 1,5 p.p. em relação ao 4T20. Segundo a Gol, "essas elevadas taxas de ocupação resultam da eficiente gestão de capacidade da aérea, suportada por ferramentas proprietárias de data analytics".

O número de Passageiro Quilômetro Transportado Pago (RPK) aumentou 16,6% em relação ao 4T20, e atingiu 67,3% do observado no 4T19. O RPK de dez/21 foi 74,3% do registrado em dez/19.

O total de Assento Quilômetro Ofertado (ASK) cresceu 14,5% versus o 4T20, e alcançou 66,5% do 4T19. O ASK de dez/21 foi 74,5% do registrado em dez/19.

“Em 2021, com o propósito de ‘ser a primeira para todos’, fizemos progressos significativos em diversos indicadores de sucesso, derivados de nosso modelo de negócios vencedor, de nossa frota flexível e altamente eficiente com um único tipo de aeronave, e da experiência ao Cliente que proporcionamos, o que reforça a preferência por nossa marca”, afirmou o CEO Paulo Kakinoff. “Tudo o que conquistamos durante a pandemia só foi possível pela confiança que obtivemos do nosso incansável e competentíssimo Time de Águias, e dos nossos Clientes, fornecedores e investidores”.

“Para 2022, manteremos foco na transformação da frota para o 737-MAX. Prevemos que até o final do ano estarão em operação 44 aeronaves desse modelo, representando cerca de 30% da frota total. Como consequência deste processo de modernização, esperamos redução de aproximadamente 8% no custo unitário (CASK),”, acrescentou Kakinoff.

MAIS DESTAQUES DO 4T21 DA GOL
• O yield médio por passageiro no 4T21 alcançou R$38,58, um aumento de 40% na comparação com o 4T20 e maior em 16,3% versus o 4T19. Esse aumento é resultante da excelência na otimização do inventário de assentos da Companhia, pós integração completa da Smiles e investimentos em processos, tecnologia e sistemas de TI;

• O Custo por Assento Quilômetro Ofertado (CASK) ajustado foi de R$23,43, um aumento de 16,8%, fortemente influenciado pelo CASK combustível que aumentou 81,5%. O custo estritamente relacionado à frota operacional (CASK Ex-Fuel Ajustado) no período foi de R$11,92, representando uma redução de 13,1% em relação ao 4T20;

• O EBIT ajustado foi de R$856,6 milhões com margem alcançando 29.3%, 11.0 p.p. acima do 4T20 e 4,2 p.p. inferior ao 4T19, à medida em que a demanda prosseguiu sua tendência de retomada;

• O EBITDA ajustado atingiu R$1,052 milhões, equivalente a uma margem de 36,0% e 6.5 p.p. acima do 4T20, também evidenciando os bem-sucedidos esforços da Companhia para equilibrar oferta com demanda;

• O Prejuízo Líquido foi de R$682,1 milhões, excluindo variações cambiais e monetárias, despesas líquidas não recorrentes, ganhos relacionados ao Exchangeable Notes e resultados não realizados de capped calls;

• A relação dívida líquida (incluindo 7x os pagamentos anuais de arrendamentos e excluindo bônus perpétuos) sobre o EBITDA ajustado UDM foi de 9,7x em 31/12/2021; e

• A geração de caixa operacional, líquida, foi R$ 6,3 milhões/dia, incluindo entradas e saídas operacionais e pagamentos de arrendamento. Ao final do trimestre, incluindo os valores financiáveis de depósitos e ativos não onerados, as fontes potenciais de liquidez da Companhia eram de aproximadamente R$5,7 bilhões.


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