Para Air France-KLM 35% do corporativo pré-pandemia já retornou
Grupo tem 27 voos por semana entre o Brasil e a Europa
No cargo há dois meses, o diretor da Air France-KLM na América do Sul, Manuel Flahault é fluente em espanhol e casado com uma argentina. Foi diretor comercial da Air France para Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia em 2003. “O Brasil é muito importante para nosso grupo. Um sinal disso é que nunca deixamos de voar para cá, mesmo no auge da crise causada pela pandemia”, ressalta o executivo, que no próximo mês completa 20 anos no Grupo Air France-KLM.
Com 60% da oferta pré-pandemia restaurada entre Brasil e Europa, o diretor não arrisca dizer quando os cenários de 2019 poderão ser recuperados, afirmando olhar para 2022 como um “otimista cauteloso”. “Passamos por muitas transformações e houve uma mudança grande na demanda, hoje com maioria de lazer e pequena parcela de corporativo nos voos do Brasil para Paris e Amsterdã”, conta.
A recuperação do mercado corporativo, segundo ele, começa a acontecer – e também com mudanças. “Acredito que as videoconferências vão continuar. Serão uma realidade, especialmente para as grandes empresas, com escritórios em diferentes localidades”, analisa. “No entanto, já vemos a volta de viagens para visitar clientes. Atender um cliente, apresentar portfólios, negociar. Esse contato presencial com os clientes é que deve aquecer o corporativo na retomada das viagens de negócios.” Hoje, cerca de 35% do mercado corporativo que havia antes da pandemia já voltou para os voos da companhia entre o Brasil e a Europa, segundo o diretor.
PARCERIA COM A GOL
Embora já tenha atuado na América do Sul, Manuel Flahault destaca as diferenças do mercado brasileiro. “O Brasil é um país grande, com população espalhada por todos os Estados. Para uma companhia aérea estrangeira, é fundamental ter um sócio local em sua atuação. Temos isso com a Gol, há oito anos.” Antes da pandemia, segundo o diretor, 25% dos passageiros do Grupo Air France-KLM nos voos entre Brasil e Europa conectavam com a Gol. “Essa proporção caiu agora na retomada, mas voltará a crescer.”
Crescimento forte o grupo registrou nas vendas de outubro aqui no Brasil, duplicadas na comparação com o mês de julho. No final do mês passado, às 24 frequências semanais de São Paulo e Rio para Paris e Amsterdã somaram-se os três voos semanais de Fortaleza para Paris, totalizando 27 frequências semanais entre o Brasil e a Europa – contra as 44 existentes antes da pandemia.
Para o diretor, as tarifas praticadas atualmente não devem sofrer grande variação. “Acredito que as tarifas chegaram a uma planície, já não devem subir nem baixar sensivelmente”, diz. Custos como a alta taxa de judicialização das questões de consumo no Brasil, segundo o diretor, prejudicam mais a realização dos negócios do que impactam nos preços.
Com 60% da oferta pré-pandemia restaurada entre Brasil e Europa, o diretor não arrisca dizer quando os cenários de 2019 poderão ser recuperados, afirmando olhar para 2022 como um “otimista cauteloso”. “Passamos por muitas transformações e houve uma mudança grande na demanda, hoje com maioria de lazer e pequena parcela de corporativo nos voos do Brasil para Paris e Amsterdã”, conta.
A recuperação do mercado corporativo, segundo ele, começa a acontecer – e também com mudanças. “Acredito que as videoconferências vão continuar. Serão uma realidade, especialmente para as grandes empresas, com escritórios em diferentes localidades”, analisa. “No entanto, já vemos a volta de viagens para visitar clientes. Atender um cliente, apresentar portfólios, negociar. Esse contato presencial com os clientes é que deve aquecer o corporativo na retomada das viagens de negócios.” Hoje, cerca de 35% do mercado corporativo que havia antes da pandemia já voltou para os voos da companhia entre o Brasil e a Europa, segundo o diretor.
PARCERIA COM A GOL
Embora já tenha atuado na América do Sul, Manuel Flahault destaca as diferenças do mercado brasileiro. “O Brasil é um país grande, com população espalhada por todos os Estados. Para uma companhia aérea estrangeira, é fundamental ter um sócio local em sua atuação. Temos isso com a Gol, há oito anos.” Antes da pandemia, segundo o diretor, 25% dos passageiros do Grupo Air France-KLM nos voos entre Brasil e Europa conectavam com a Gol. “Essa proporção caiu agora na retomada, mas voltará a crescer.”
Crescimento forte o grupo registrou nas vendas de outubro aqui no Brasil, duplicadas na comparação com o mês de julho. No final do mês passado, às 24 frequências semanais de São Paulo e Rio para Paris e Amsterdã somaram-se os três voos semanais de Fortaleza para Paris, totalizando 27 frequências semanais entre o Brasil e a Europa – contra as 44 existentes antes da pandemia.
Para o diretor, as tarifas praticadas atualmente não devem sofrer grande variação. “Acredito que as tarifas chegaram a uma planície, já não devem subir nem baixar sensivelmente”, diz. Custos como a alta taxa de judicialização das questões de consumo no Brasil, segundo o diretor, prejudicam mais a realização dos negócios do que impactam nos preços.