Latam e WTTC clamam por coordenação na América Latina
CEO da companhia aérea e da entidade pedem maiores esforços dos governos para reaquecer o Turismo
Os governos da maioria dos países latino-americanos estão atrasados no que concerne à recuperação da crise de covid-19 no Turismo e na Aviação. Esse foi um dos principais aspectos reforçados hoje pela presidente do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), Gloria Guevara Manso, e demais painelistas em evento virtual para debater a América Latina.
Não só Gloria, mas o CEO do Grupo Latam, Roberto Alvo, insistiram na importância de setores público e privados se unirem no propósito de facilitar a vida das empresas e do setor como um todo.
"Turismo e Aviação têm um papel fundamental na economia dos países, e infelizmente a pandemia os atingiu muito forte. No Grupo Latam, acreditamos que os níveis sustentáveis só serão vistos quando realmente for descoberta uma vacina e aplicação em larga escala", afirmou Roberto Alvo.
"Enquanto isso não acontece, precisamos primeiramente reconquistar a confiança do viajante e do mercado, mostrar que viajar de avião pode ser seguro desde que as medidas corretas sejam tomadas pelas empresas. Mas nada disso é possível sem o apoio dos governos às companhias aéreas. Higienização, conscientização, novas tecnologias a serviço da saúde e uso de máscara são importantes, mas tão importante quanto é a abertura organizada de fronteiras. Precisamos de todos coordenados. Estamos dispostos a colaborar", completou o chileno.
BONS (E MAUS) EXEMPLOS DA EUROPA
Do mesmo jeito que países europeus tardaram a se preparar para a pandemia que vinha da China, países latino-americanos também podem ter começado tarde demais (ou ainda nem começado eficientemente) a entender a crise no setor.
Entre os exemplos positivos a serem absorvidos pelas nações latino-americanas: combinação das medidas básicas para evitar o contágio, como distanciamento social, máscara e higiene; reabertura do Turismo coordenadamente; política de testagem para viajantes internacionais, como a feita em Portugal e Islândia; ações conjuntas entre governo e iniciativa privada, a também a exemplo de Portugal; e suporte financeiro estatal em empresas chave, como o visto na Alemanha com a Lufthansa.
Exemplos negativos: o despreparo a despeito das notícias vindas da China; falta de ações coordenadas entre setores público e privado em alguns países e obstáculos criado por ambos os lados para que essas medidas sejam realizadas.