Juliana Monaco   |   28/05/2020 16:35
Atualizada em 28/05/2020 17:16

Latam terá US$ 900 mi de acionistas e negocia R$ 2 bi com BNDES

O aporte recebido dos acionistas da Latam deve viabilizar o auxílio do BNDES à companhia aérea.


Divulgação
A companhia também renegociará questões trabalhistas a partir de julho
A companhia também renegociará questões trabalhistas a partir de julho
O apoio do BNDES ao setor aéreo, que estava previsto para abril, deve ser viabilizado na primeira semana de julho. Segundo o CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, o que deve destravar a operação para a companhia é o aporte dos acionistas de cerca de US$ 900 milhões, que está sendo negociado junto com o pedido de recuperação judicial do grupo. O auxílio dos bancos privados e do BNDES deve somar R$ 6 bilhões e visa beneficiar a Latam, a Gol e a Azul.

"Tem uma preocupação do BNDES de que o mercado também valide o plano de negócio da companhia, e não seja só o governo que coloque dinheiro como tem acontecido em alguns países. Neste momento, a Latam consegue atender exatamente esta questão, já que nós temos US$ 900 milhões para o grupo todo, que vão fluir do mercado para financiar a companhia além dos governos", explicou Cadier em entrevista à Globonews.

Em março, a Latam negociou com os sindicatos uma licença não remunerada até o fim de junho, com o compromisso de não fazer nenhuma demissão até esta data. Na próxima semana, no entanto, a empresa deve se reunir novamente com os sindicatos para avaliar o cenário a partir de julho.

"É importante entender que a queda de demanda é tão brutal que se torna muito difícil manter a mesma estrutura para operar de forma competitiva em um mercado 40% ou 50% menor. Então algum ajuste vai ser necessário. Só estamos buscando a melhor forma de fazê-lo em conjunto com o sindicato", afirmou o CEO durante a entrevista.

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