Com queda anual, Emirates prevê 18 meses para demanda voltar
Pandemia global frustrou os planos da companhia aérea baseada em Dubai
A Emirates Airline reportou um lucro de US$ 456 milhões no ano fiscal encerrado em 31 de março de 2020, queda de 28% em comparação com o ano fiscal anterior. O fechamento do Aeroporto Internacional de Dubai, seu hub, devido à pandemia do novo coronavírus, e a própria crise por ela causada, são as causas apontadas pela aérea dos Emirados Árabes Unidos. O CEO da Emirates, Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum, prevê o retorno da normalidade na demanda por viagens em pelo menos 18 meses.
A receita do grupo, que também incorpora a empresa de tecnologia Dnata, caiu 5%, para US$ 28,3 bilhões, no mesmo período comparativo. O caixa da aérea teve o ano fiscal encerrado em US$ 7 bilhões, alta de 15% no ano fiscal anterior.
"Nos primeiros 11 meses do ano fiscal, a empresa teve um desempenho forte a estávamos no caminho certo para superar as metas. No entanto, a partir do meio de fevereiro as coisas mudaram muito rápido, devido ao avanço rápido da pandemia de covid-19 em todo o mundo, gerando uma queda vertiginosa em voos internacionais, quando os países fecharam suas fronteiras", avaliou Al Maktoum.
"Mesmo sem a pandemia, nossa indústria sempre está suscetível a muitos fatores externos. No ano fiscal 2019-20, o fortalecimento do dólar ante as principais moedas do mundo erodiram nossos lucros, a demanda por carga aérea também foi diluída e a concorrência se intensificou em alguns de nossos mercados-chaves", concluiu o CEO.