Danilo Teixeira Alves   |   05/03/2020 17:43
Atualizada em 05/03/2020 17:51

SAA: 80% dos brasileiros afetados já foram reacomodados

O governo espera que, com a reestruturação em andamento surja uma companhia aérea sustentável.

O country manager da South African Airways no Brasil, Altamiro Medici, disse que mais de 80% dos passageiros brasileiros afetados com a interrupção dos voos da aérea sul-africana no País já foram reacomodados ou tiveram seus bilhetes reembolsados, de acordo com a legislação vigente. Segundo ele, resta finalizar o processo de reacomodação de cerca de mil reservas, com embarque de abril deste ano a janeiro de 2021.

Emerson Souza
Todd Neuman, Philip Saunders e Altamiro Médici, da SAA
Todd Neuman, Philip Saunders e Altamiro Médici, da SAA
O executivo participou de um encontro com a imprensa ao lado de outros dois nomes da SAA, são eles: Philip Saunders, chief commercial officer da aérea; e Todd Neuman, head da companhia na América do Norte. Juntos, os executivos falaram do futuro da companhia e da decisão de deixar o Brasil, após 50 anos de operações ininterruptas. “Foi uma decisão difícil de ser tomada, mas necessária para salvar o futuro da companhia e abrir portas para uma South African Airways mais saudável financeiramente. Sabemos e reconhecemos a importância do Brasil e da rota São Paulo-Johanesburgo na história da SAA, e cremos em voltar um dia a operar aqui”, disse Saunders.

O último voo da SSA a operar no Brasil decola no dia 31 de março. Até esta data, a companhia manterá sua estrutura local – que conta com 25 colaboradores e terceirizados – para o atendimento do trade e de passageiros. Após o dia 31, uma nova estrutura será desenhada para atender o mercado brasileiro por mais alguns meses. “Ainda vamos sentar e decidir o tamanho desta estrutura e sua responsabilidade”, explicou Medici.

A South African Airways (SAA) receberá 16,4 bilhões de rands (cerca de US$ 1 bilhão) do governo sul-africano para garantir suas operações e dívidas de curto prazo. O Tesouro Nacional da África do Sul já incluiu o valor em seu orçamento para 2020, de acordo com o publicado no dia 26 de fevereiro. O valor será distribuído em três anos.

O governo espera que, com a reestruturação em andamento, que incluiu a suspensão de rotas, como a do Brasil, prevista para 31 de março, além da nova injeção de dinheiro, surja uma companhia aérea sustentável. De acordo com Saunders, um plano de reestruturação deverá ser apresentado até o final do mês e votado em 15 dias após a data de apresentação.

“O clima internamente é de otimismo e de fazer uma nova SAA, diferente da que conhecemos hoje. Tendo a oportunidade de crescer novamente, temos a convicção que o Brasil e a cidade de São Paulo estarão na vantagem de ter novamente as operações da SAA”, concluiu Medici.

Após a reuniao com a imprensa, os três executivos da South African Airways receberam representantes de entidades do trade para detalhar seu plano de recuperação. Participaram do breve encontro executivos da Abracorp, Star Alliance (aliança global de qual a SAA faz parte), Braztoa, Abav Nacional e Air Tkt.

Emerson Souza
Gervásio Tanabe, da Abracorp, Flávia Romani, da Star Alliance, Altamiro Médici, da SAA, Frederico Levy, da Braztoa, Jerusa Hara, da Abav, Philip Saunders, da SAA, Ralf Aasmann, da Air Tkt, e Todd Neuman, também da SAA
Gervásio Tanabe, da Abracorp, Flávia Romani, da Star Alliance, Altamiro Médici, da SAA, Frederico Levy, da Braztoa, Jerusa Hara, da Abav, Philip Saunders, da SAA, Ralf Aasmann, da Air Tkt, e Todd Neuman, também da SAA


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