Reestruturação da Avianca tem venda de aviões e suspensão de rotas
Executivos deram mais detalhes sobre o Avianca 2021, plano de reestruturação que tem como principal objetivo melhorar e otimizar as operações da companhia
Bogotá – A Avianca, segunda maior companhia aérea da América Latina, atrás apenas do Grupo Latam, não vive um dos seus melhores tempos. Segundo palavras de seu próprio CEO, Anko van der Werff, a empresa se encontra em “um momento complicado”. Há 45 dias no cargo, Anko, um executivo com vasta bagagem na aviação comercial, tem um grande desafio pela frente: levar a Avianca e suas finanças a céus de brigadeiro.
Nesta quinta-feira (29), ele e o CFO do conglomerado colombiano, Adrian Neuhauser, apresentaram com mais detalhes o “Avianca 2021”, plano de reestruturação que tem como principal objetivo melhorar e otimizar as operações da companhia. A reestruturação foi montada com base em cinco pilares: rede de rotas, frota, operação, desinvestimentos e fortalecimento da situação financeira da aérea. “A nossa intenção é assegurar um futuro ainda mais próspero à Avianca, que completa 100 anos em dezembro”, disse Anko.
Com mais de 130 rotas na América e na Europa, a Avianca iniciou um ajuste em sua malha para seguir operando apenas em destinos rentáveis e com maior demanda. Sendo assim, 25 rotas foram canceladas nos últimos dias, além de uma redistribuição de capacidade em cidades como Barcelona, Buenos Aires e Santiago do Chile. “Esse é um bom exemplo de notícias que não gostaríamos de dar. Faz parte do meu cargo tomar decisões complexas e difíceis, mas que são necessárias quando pensamos numa operação mais robusta no futuro”, explicou o CEO da Avianca.
A companhia também começou uma otimização de sua frota, com o objetivo de ter uma homogeneidade de equipamentos, o que reduzirá consideravelmente seus custos com manutenção. Com isso, 39 aviões foram devolvidos ou vendidos. A expectativa é encerrar o ano com 158 aeronaves em operação até dezembro de 2019. Anko também anunciou que a companhia fará uma desaceleração na incorporação de novos aviões.
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O cliente é o foco do terceiro pilar, que trata basicamente da operação da Avianca Holdings. “Nosso propósito é oferecer ao cliente uma excelente experiência de viagem, com segurança, pontualidade e sempre com o melhor serviço”, disse o CEO. Novos produtos, novas famílias de tarifas e parcerias estão sendo desenhados para deixar a empresa competitiva em relação a suas concorrentes.
Assim como as rotas não rentáveis, as empresas da holding que não tenham alcançado o sucesso desejado também estão sendo descontinuadas. É o caso da Getcom, companhia de serviços de call center, que foi 100% vendida pela Avianca Holdings. O conglomerado também se desfez de sua participação acionária em empresas regionais como Sansa e La Costeña. “Além disso, estamos em processo de venda de 100% da Deprisa e de 42% da Viajes Êxito”, completou Neuhauser.
“Nós estamos avançando com o plano e com renegociação de nossas dívidas. É um processo que leva tempo, mas que está sendo bem executado e que já está trazendo resultados. Estamos em um ambiente muito favorável. Eu entendo a dúvida, as perguntas e o receio de vocês, mas posso assegurar que tudo está dentro de sua perfeita normalidade”, afirmou o CFO.
“Juntas, seremos uma fortaleza. Um acordo como esse é muito mais eficaz e rentável do que fazer qualquer operação sozinha. Se o medo de alguns é o desaparecimento da marca Avianca, eu posso garantir a vocês que isso nãov vai acontecer. Seguiremos operando com nossas cores e bandeira”, afirmou o CEO.
Segundo o CEO, que desmentiu qualquer rumor de falência, o vídeo foi utilizado fora de contexto. “O Kriete escolheu as palavras erradas em um momento informal, e alguém se aproveitou disso para viralizar e espalhar esse conteúdo. Não estamos quebrados e também não estamos cogitando pedir alguma ajuda ou proteção”, disse ele, se referindo ao que conhecemos no Brasil como recuperação judicial, que também é similar ao Chapter 11, nos Estados Unidos.
Nesta quinta-feira (29), ele e o CFO do conglomerado colombiano, Adrian Neuhauser, apresentaram com mais detalhes o “Avianca 2021”, plano de reestruturação que tem como principal objetivo melhorar e otimizar as operações da companhia. A reestruturação foi montada com base em cinco pilares: rede de rotas, frota, operação, desinvestimentos e fortalecimento da situação financeira da aérea. “A nossa intenção é assegurar um futuro ainda mais próspero à Avianca, que completa 100 anos em dezembro”, disse Anko.
Com mais de 130 rotas na América e na Europa, a Avianca iniciou um ajuste em sua malha para seguir operando apenas em destinos rentáveis e com maior demanda. Sendo assim, 25 rotas foram canceladas nos últimos dias, além de uma redistribuição de capacidade em cidades como Barcelona, Buenos Aires e Santiago do Chile. “Esse é um bom exemplo de notícias que não gostaríamos de dar. Faz parte do meu cargo tomar decisões complexas e difíceis, mas que são necessárias quando pensamos numa operação mais robusta no futuro”, explicou o CEO da Avianca.
A companhia também começou uma otimização de sua frota, com o objetivo de ter uma homogeneidade de equipamentos, o que reduzirá consideravelmente seus custos com manutenção. Com isso, 39 aviões foram devolvidos ou vendidos. A expectativa é encerrar o ano com 158 aeronaves em operação até dezembro de 2019. Anko também anunciou que a companhia fará uma desaceleração na incorporação de novos aviões.
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O cliente é o foco do terceiro pilar, que trata basicamente da operação da Avianca Holdings. “Nosso propósito é oferecer ao cliente uma excelente experiência de viagem, com segurança, pontualidade e sempre com o melhor serviço”, disse o CEO. Novos produtos, novas famílias de tarifas e parcerias estão sendo desenhados para deixar a empresa competitiva em relação a suas concorrentes.
Assim como as rotas não rentáveis, as empresas da holding que não tenham alcançado o sucesso desejado também estão sendo descontinuadas. É o caso da Getcom, companhia de serviços de call center, que foi 100% vendida pela Avianca Holdings. O conglomerado também se desfez de sua participação acionária em empresas regionais como Sansa e La Costeña. “Além disso, estamos em processo de venda de 100% da Deprisa e de 42% da Viajes Êxito”, completou Neuhauser.
“Nós estamos avançando com o plano e com renegociação de nossas dívidas. É um processo que leva tempo, mas que está sendo bem executado e que já está trazendo resultados. Estamos em um ambiente muito favorável. Eu entendo a dúvida, as perguntas e o receio de vocês, mas posso assegurar que tudo está dentro de sua perfeita normalidade”, afirmou o CFO.
JBA COM UNITED E COPA
Anko também falou da implantação de um Joint Business Agreement (JBA) com a norte-americana United e a panamenha Copa. Segundo ele, este tipo de acordo é algo que já funciona muito bem em outros países e que permitirá que todas as três empresas cresçam em conectividade – e obviamente, em receita – nos mercados dominados por elas. A Avianca, por exemplo, ganha quando pode oferecer todos os destinos dos Estados Unidos cobertos pela United, assim como a norte-americana poderá conectar seus clientes em toda a América do Sul por meio dos voos da colombiana.“Juntas, seremos uma fortaleza. Um acordo como esse é muito mais eficaz e rentável do que fazer qualquer operação sozinha. Se o medo de alguns é o desaparecimento da marca Avianca, eu posso garantir a vocês que isso nãov vai acontecer. Seguiremos operando com nossas cores e bandeira”, afirmou o CEO.
VIRALIZOU NA WEB
Na última terça-feira (26), um vídeo que viralizou na internet trouxe ainda mais dor de cabeça para Anko e seu time. Nele, aparece o presidente da junta diretiva da aérea, Roberto Kriete, dizendo a executivos do grupo que a situação era complicada e que a Avianca “estava quebrada”.Segundo o CEO, que desmentiu qualquer rumor de falência, o vídeo foi utilizado fora de contexto. “O Kriete escolheu as palavras erradas em um momento informal, e alguém se aproveitou disso para viralizar e espalhar esse conteúdo. Não estamos quebrados e também não estamos cogitando pedir alguma ajuda ou proteção”, disse ele, se referindo ao que conhecemos no Brasil como recuperação judicial, que também é similar ao Chapter 11, nos Estados Unidos.