Danilo Teixeira Alves   |   27/08/2019 13:14
Atualizada em 27/08/2019 13:26

Latam Brasil suspende venda de serviço de bordo

A aérea passou a oferecer bebidas não alcoólicas (suco, refrigerante e água) e dois pacotes pequenos de biscoito amanteigado. Mercado Latam deverá voltar em 90 dias

Anunciado em 2016 e implantado no Brasil no ano seguinte, o Mercado Latam, serviço de compra de alimentos e bebidas a bordo oferecido em voos nacionais, deixou de ser oferecido desde o dia 24 de agosto. Com isso, a aérea passou a oferecer bebidas não alcoólicas (suco, refrigerante e água) e dois pacotes pequenos de biscoito amanteigado.

Emerson Souza
Jerome Cadier, CEO da Latam Airlines Brasil
Jerome Cadier, CEO da Latam Airlines Brasil

Segundo a companhia, o produto está em fase de reavaliação e deverá passar por mudanças. A ideia, de acordo com o CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, é que o serviço seja relançado até o final do ano, antes da alta temporada.

Após um ano e meio de comercialização de comidas e bebidas em voos nacionais, a companhia busca um equilíbrio para o seu serviço de bordo. “Apesar do custo ter baixado para a empresa, a venda do serviço não dava lucro”, revelou o presidente.

A Latam Brasil ainda não decidiu se o serviço voltará a ser gratuito ou pago, e até estuda um equilíbrio entre as duas opções. “Também devemos oferecer um serviço diferenciado para o cliente viajando em assentos Latam +. Enfim, não batemos o martelo em relação a isso e tudo está sendo pensado para melhorar ainda mais a experiência do nosso passageiro”, concluiu.

WIFI A BORDO
A Latam Airlines Brasil estima que, em até 18 meses, concluirá a instalação de wi-fi a bordo em cerca de 100 aeronaves que voam no mercado doméstico com as cores da companhia. Atualmente, 35 equipamentos oferecem o serviço. Estas unidades, segundo o CEO da companhia, Jerome Cadier, voam principalmente na rota mais movimentada do País: a ponte aérea Rio-SP.

Segundo o executivo, apesar de ser um produto bem demandado pelos passageiros, a sua utilização ainda é muito baixa. “Tem pouca gente disposta a se conectar, principalmente em voos mais curtos, que é onde oferecemos a conectividade a bordo”, afirmou.

Ele acredita que o uso da internet a bordo de aviões deverá seguir, no Brasil, o mesmo caminho que foi na hotelaria. “Lembra quando a internet era cara e pouca gente comprava? Hoje, a maioria dos hotéis oferecem o serviço dentro da diária ou de uma tarifa ou categoria de hospedagem superior. Com isso, muito mais hóspedes passaram a ser conectar em seus quartos”, explicou.

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