Azul faz nova proposta por slots da Avianca Brasil
Companhia aérea apresentou pedido no processo de recuperação judicial da Avianca Brasil para aquisição de nova UPI, que inclui a ponte aérea Rio-SP
A Azul requereu ao Juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo, onde se processa a recuperação judicial da Avianca Brasil, uma autorização específica para realização de um processo competitivo visando a alienação judicial de uma nova Unidade Produtiva Isolada (UPI) contemplando certos horários de chegada e partida operados pela Avianca Brasil, incluindo os da ponte aérea Rio-São Paulo, pelo valor mínimo de US$ 145 milhões.
A Azul acredita que o pedido formulado ao Juízo da RJ para alienação judicial da Nova UPI "confere à Avianca Brasil, seus empregados, consumidores, credores e demais interessados uma alternativa legal e legítima para viabilizar a monetização, uso continuado de bens e preservação de atividades que atualmente correm grave risco de paralisação e perecimento à luz da rápida deterioração das atividades da companhia, no melhor interesse do mercado de aviação e todos os envolvidos". Além disso, a companhia afirma que a nova UPI oferece uma "real alternativa para aumentar a competitividade na ponte aérea entre Rio-SP".
A empresa afirma que este pedido não invalida o procedimento de alienação judicial das sete unidades produtivas isoladas, na forma do leilão estabelecido no plano de recuperação judicial da Avianca Brasil, recentemente suspenso por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo. Mas na visão da Azul, a alienação judicial da nova UPI oferece "uma alternativa compreensiva, viável e verdadeiramente implementável, inclusive do ponto de vista operacional, regulatório e concorrencial".
O pedido da Azul ainda está sujeito à análise do Juízo da RJ. A Azul afirmou que manterá seus acionistas informados sobre novas informações relevantes a respeito desta transação.
LEILÃO SUSPENSO
O leilão da Avianca Brasil, que estava programado para a semana passada, foi suspenso devido à uma liminar da justiça de São Paulo, a pedido da Swissport Brasil. A empresa, que atua com serviços de logística em aeroportos, disse ser credora de R$ 17 milhões. A BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, pediu a suspensão do plano de recuperação judicial da companhia aérea, enquanto credora de R$ 36 milhões.