Danilo Teixeira Alves   |   22/04/2019 09:00

Avianca Brasil cancela mais de 1.000 voos até domingo (28)

Os cancelamentos se devem a drástica redução de frota da empresa.

A Avianca Brasil inicia a semana em um dos momentos mais críticos de toda a sua história. A companhia, que está em recuperação judicial desde dezembro do ano passado, vai cancelar 1.045 voos de hoje (segunda-feira, dia 22) até o próximo domingo (28). Os cancelamentos se devem a drástica redução de frota da empresa.

Divulgação/Avianca

A partir de hoje, a Avianca Brasil inicia a devolução amigável de 18 aeronaves – de um total de 25 – para empresas de leasing que conseguiram na justiça o direito de retomar os equipamentos após a falta de pagamento por parte da companhia aérea. Os acordos com os lessores GECAS (7 aeronaves), PK (1 aeronave), Vermillion (4 aeronaves) e ACG (6 aeronaves) foram intermediados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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Os hubs (aeroportos com maior concentração de voos e conexões) da Avianca Brasil foram os mais prejudicados com os cancelamentos, são eles: Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Brasília. Já os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont são os terminais que quase não tiveram mudanças em suas operações. Isto demonstra o interesse da companhia em preservar a operação nos dois aeroportos e na rota mais concorrida do País.

Veja a lista completa dos voos cancelados pela Avianca Brasil clicando aqui.

LEILÃO E CONCORRENTES

Paralelamente ao esforço que a Avianca vem fazendo para continuar operando, a empresa aguarda ansiosamente o leilão de seus ativos, agendado para o dia 7 de maio. Inicialmente, Azul foi a primeira concorrente a demonstrar interesse na companhia de José Efromovich. Dias depois, Gol e Latam anunciaram acordo com os credores da companhia oferta em leilão de partes da empresa em recuperação judicial.

Na semana passada, o presidente da Azul, criticou as duas concorrentes e afirmou que a medida foi uma manobra para barrar o crescimento da Azul em Congonhas e Santos Dumont. “Concorrência é algo bom para os clientes, mas a Gol e a Latam não quiseram a nossa porque sabem que a Azul tem o melhor produto e estamos entre as dez aéreas mais bem avaliadas do mundo. Eles têm medo disso", afirmou.

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Rodgerson chegou a afirmar que o plano da Azul contemplava investimentos de US$ 235 milhões, sendo US$ 105 milhões pela compra e depois mais US$ 130 milhões para manter a operações, incluindo os funcionários. “Infelizmente será difícil chegar até o leilão porque as aeronaves estão sendo devolvidas, algo muito triste para o consumidor”, opinou o executivo.

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