“Azul lidera corrida pelos ativos da Avianca”, diz advogado
Companhia aérea apresentará pela primeira vez aos credores o seu plano de recuperação judicial e a proposta da Azul.
Na próxima sexta-feira (29) a Avianca Brasil apresentará pela primeira vez aos credores o seu plano de recuperação judicial e a proposta da Azul Linhas Aéreas, que quer comprar uma parte da companhia. Esta será a primeira reunião com chances reais de dar à aérea a oportunidade de seguir com o seu plano de reestruturação. Segundo o sócio e especialista em Recuperação Judicial do Vinhas e Redenschi Advogados, Tony Rivera, que a pedido do Portal PANROTAS analisou o plano de recuperação judicial da Avianca Brasil, a Azul lidera a corrida pelos ativos da recuperanda. Mas outros players podem fazer propostas durantes os trâmites oficiais.
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“A Azul está à frente, sem dúvida alguma. Ela já fez um adiantamento para a Avianca Brasil (a ser liberado depois da aprovação da proposta do plano de RJ), que se não for convertido em compra, receberá tratamento prioritário após o leilão da Unidade Produtiva Isolada (UPI)”, explica. A proposta prevê ainda que o adquirente, que não seja a Azul, pague uma multa para a empresa fundada por David Neeleman em cima do valor já emprestado à Avianca Brasil. “Essas medidas afugentam muitos outros possíveis interessados, deixando a Azul cada vez mais próxima do seu objetivo”, explica.
Para Rivera, o fato de a Azul ter a preferência para cobrir a última oferta do leilão também evidencia a liderança da empresa na corrida pelos ativos da Avianca Brasil.
No entanto, é importante destacar que nada disso seguirá em frente se a proposta não passar pelos credores da Avianca Brasil. “O plano precisa ter anuência dos arrendadores de aeronaves, depois a anuência dos órgãos competentes em relação à transferência de slots para a adquirente. Tudo isso retarda bastante o andamento das coisas”, avalia o advogado, que estima que o processo não levará menos de seis meses para ser concluído.
Apesar do otimismo, Rivera alerta ao fato que a Avianca Brasil não pode enfrentar processos por falta de pagamento, pois se isso ocorrer, o credor poderá entrar com um novo procedimento de cobrança ou até pedir a falência da empresa. “Qualquer débito após o deferimento da recuperação judicial precisa ser pago em dia, assim a companhia evita dores de cabeça em meio às negociações”, finalizou
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“A Azul está à frente, sem dúvida alguma. Ela já fez um adiantamento para a Avianca Brasil (a ser liberado depois da aprovação da proposta do plano de RJ), que se não for convertido em compra, receberá tratamento prioritário após o leilão da Unidade Produtiva Isolada (UPI)”, explica. A proposta prevê ainda que o adquirente, que não seja a Azul, pague uma multa para a empresa fundada por David Neeleman em cima do valor já emprestado à Avianca Brasil. “Essas medidas afugentam muitos outros possíveis interessados, deixando a Azul cada vez mais próxima do seu objetivo”, explica.
Para Rivera, o fato de a Azul ter a preferência para cobrir a última oferta do leilão também evidencia a liderança da empresa na corrida pelos ativos da Avianca Brasil.
No entanto, é importante destacar que nada disso seguirá em frente se a proposta não passar pelos credores da Avianca Brasil. “O plano precisa ter anuência dos arrendadores de aeronaves, depois a anuência dos órgãos competentes em relação à transferência de slots para a adquirente. Tudo isso retarda bastante o andamento das coisas”, avalia o advogado, que estima que o processo não levará menos de seis meses para ser concluído.
FUNCIONÁRIOS
Na opinião dele, o maior “problema” em processos de recuperação judicial é a questão trabalhista e nesse cenário a Avianca Brasil está resguardada. “Haverá demissões agora e depois do leilão. O que for arrecadado no leilão será destinado ao pagamento das multas rescisórias de quem foi desligado no meio do processo. Em seguida, entram na fila os processos trabalhistas iniciados antes da recuperação judicial [em dezembro do ano passado].Apesar do otimismo, Rivera alerta ao fato que a Avianca Brasil não pode enfrentar processos por falta de pagamento, pois se isso ocorrer, o credor poderá entrar com um novo procedimento de cobrança ou até pedir a falência da empresa. “Qualquer débito após o deferimento da recuperação judicial precisa ser pago em dia, assim a companhia evita dores de cabeça em meio às negociações”, finalizou