Justiça de SP veta fusão da Embraer com a Boeing
Juiz Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Cívil Federal de São Paulo, veta o acordo entre as fabricantes de aeronaves Boeing e Embraer.
O Juiz Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Cívil Federal de São Paulo, concedeu uma liminar que suspende o acordo entre as fabricantes de aeronaves Boeing e Embraer. A decisão veta qualquer decisão da Embraer que permita a segregação e a transferência da parte comercial da empresa para a gigante norte-americana.
A decisão de Giuzio Neto veio após análise de uma ação popular movida pelos deputados federais Paulo Pimenta (PT-RS) e Carlos Zaratini (PT-SP). Na medida, o juiz também justifica o deferimento da liminar mencionando a proximidade com o recesso do Judiciário e a transição para o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.
A Embraer se posicionou sobre a decisão por meio de um fato relevante. Nele, a empresa diz “que tomará todas as medidas judiciais cabíveis para reverter a referida decisão e manterá seus acionistas e o mercado informados acerca de quaisquer desdobramentos relevantes relativos à Ação Popular”.
No mesmo documento, a Embraer ressalta que a liminar não opõe qualquer tipo de obstáculo a continuidade das negociações entre as duas empresas”.
Em nota a Boeing disse que "continua tendo discussões produtivas e trabalhando para chegar a um acordo com a Embraer".
JOIN VENTURE
Em julho, a Boeing e a Embraer anunciaram a assinatura de um memorando de entendimento, a fim de estabelecer uma parceria estratégica, avaliada em em US$ 4,75 bilhões, que possa impulsionar o crescimento de ambas as empresas no mercado aeroespacial em âmbito global.
O acordo não-vinculante propõe a formação de uma joint venture que contempla os negócios e serviços de aviação comercial da Embraer, estrategicamente alinhada com as operações de desenvolvimento comercial, produção, marketing e serviços de suporte da Boeing.
Atualizado às 15:56