Greve nacional de transportes na Argentina deve paralisar voos e afetar milhões
Ação organizada vai paralisar e limitar voos além de afetar outros transportes pelo país
Uma greve nacional de transportes promete paralisar ou limitar fortemente os voos comerciais e de carga na Argentina, impactando milhares de passageiros e empresas que dependem do setor aéreo nesta quarta-feira (30).
Convocada pela Mesa Nacional de Transporte, a mobilização ocorre em resposta a medidas econômicas do governo de Javier Milei, incluindo o aumento das tarifas após a retirada de subsídios, o projeto de privatização da Aerolíneas Argentinas e o agravamento da pobreza naquele país.
Segundo o jornal Clarín, Juan Pablo Brey, secretário-geral dos Aeronavegantes, expressou total apoio à paralisação e confirmou a adesão do setor aéreo. De acordo com Brey, o transporte aéreo será seriamente afetado, com cancelamentos e limitações que trarão grandes transtornos aos passageiros.
Além dos voos, a greve também interromperá os serviços de trens, metrôs, caminhões e barcos, enquanto as linhas de ônibus seguirão operando normalmente, já que a UTA (União Tranviários Automotor) decidiu não aderir ao movimento, respaldada por uma conciliação obrigatória em vigor até esta segunda-feira, 28 de outubro.
Serviços que não funcionarão na quarta-feira, 30 de outubro:
- Trens
- Metrôs
- Caminhões
- Aviões
- Barcos
Apesar de não aderir à greve de quarta-feira, a UTA anunciou uma paralisação para quinta-feira, 31 de outubro, em busca de reajustes salariais que compensem os efeitos da inflação nos salários dos trabalhadores do setor. Conforme o Clarín, o líder do sindicato, Roberto Fernández, afirmou que ainda não há acordo e sugerindo a possibilidade de novas paralisações, caso as demandas da categoria não sejam atendidas.