Quantos voos internacionais o Brasil tem? São Paulo fica com 70% do total
São Paulo concentra 70% dos voos e Nordeste foi região que mais perdeu
Se no doméstico, as companhias aéreas nacionais já ultrapassam 100% da malha pré-pandemia, mesmo com algumas aeronaves ainda sem voar, no internacional a situação melhorou em maio, mas ainda há grande defasagem em relação a 2019. E outra grave consequência: há maior concentração de voos em São Paulo (Guarulhos e Viracopos), únicos aeroportos que ganharam share em número de assentos disponíveis este ano.
Segundo levantamento do Portal PANROTAS, que analisou dados disponibilizados pela Anac, em maio, a oferta internacional do Brasil para o Exterior totalizou 806 voos semanais e 194.249 assentos.
Em 2019, no mesmo período, eram 1.166 voos internacionais por semana e 268.998 assentos. Em voos, chegamos a 69% do pré-pandemia, e em assentos a 72,2%.
Vamos ver o resultado por aeroporto:
SÃO PAULO/GUARULHOS tinha 683 voos por semana e 62,31% do share de assentos.
Agora o GRU Airport chega a 69,85% de share de assentos, com 537 voos semanais.
RIO DE JANEIRO: Tinha 197 voos por semana e caiu para 128. O share de assentos caiu para 16,71% para 14,44%.
BRASÍLIA: Tinha 47 voos por semana e caiu para 33. O share de assentos caiu de 3,35% para 3,27%.
PORTO ALEGRE: A capital gaúcha viu seus voos internacionais despencarem pela metade. Eram 43 por semana e agora são apenas 23. O share de assentos, com isso, caiu junto: de 2,49% para 1,86%.
CAMPINAS/VIRACOPOS: Com voos da Azul praticamente, Viracopos tinha 33 voos internacionais semanais em 2019. Agora perdeu 10 e está com 23. O share de assentos subiu de 3,09% para 3,81%.
FORTALEZA: A capital cearense foi de 27 voos internacionais semanais para apenas 9. O share, que já foi de 2,37%, está em 1,35%.
BELO HORIZONTE: De 26 voos por semana para apenas 11. Share de assentos internacionais despencou de 1,9% para 1,24%.
RECIFE: Com apenas 7 voos semanais e 1,07% de assentos, a capital de Pernambuco está longe dos 25 voos internacionais em 2019, com share de 2,19%.
SALVADOR: O baque de Salvador também foi grande. Caiu de 22 voos semanais para apenas 7. O share, que era de 1,87%, não chega a 1% (0,94%).
MANAUS: De 14 para apenas 4 voos semanais, com share de 0,33% (era 0,66%).
POR REGIÃO
Na avaliação por região, apenas a Ásia ganhou assentos em relação a 2019, apesar da menos quantidade de voos. Confira abaixo:
ÁSIA: 9.373 assentos (contra 8.948 em 2019) e 21 voos semanais (contra 25 no pré-pandemia).
ÁFRICA: Tinha 33 voos e agora apenas 6. O número de assentos caiu de 8.292 para apenas 1.689.
AMÉRICA DO SUL/CENTRAL: De 111.540 assentos para 72.267. O número de voos internacionais semanais atualmente está em 400, contra 616 de antes da pandemia.
EUROPA: Tinha 84.897 assentos por semana e agora 68.058. O número de voos caiu de 273 para 222.
AMÉRICA DO NORTE: O número de voos caiu de 221 para 157 e o de assentos de 55.907 para 42.862.
Essa falta de assentos generalizada e a concentração no GRU Airport com certeza ajudam no aumento de tarifas. Há perspectivas de mais voos e mais assentos no decorrer do ano, mas ainda com maior concentração em São Paulo. Exceção honrosa para a Gol, que adicionará voos do Nordeste e de Manaus para Buenos Aires e a Flórida (Orlando e Miami).
Confira abaixo a previsão de novos voos internacionais ainda este ano (os números representam adição de frequências às já existentes hoje):
AIR CANADA
BUENOS AIRES-SÃO PAULO: 4 VEZES POR SEMANA, EM SETEMBRO
MONTREAL-SÃO PAULO: 4 VEZES POR SEMANA, EM SETEMBRO
AZUL
ORLANDO-SÃO PAULO/VCP: 7 VEZES POR SEMANA, EM SETEMBRO
COPA AIRLINES
PANAMÁ-SÃO PAULO: 3 VEZES POR SEMANA, EM AGOSTO
DELTA AIR LINES
NOVA YORK-SÃO PAULO: 7 VEZES POR SEMANA, EM AGOSTO
EMIRATES
BUENOS AIRES-RIO DE JANEIRO: 4 VEZES POR SEMANA, EM NOVEMBRO
DUBAI-RIO DE JANEIRO: 4 VEZES POR SEMANA, EM NOVEMBRO
FLYBONDI
BUENOS AIRES-FLORIANÓPOLIS: 3 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
BUENOS AIRES-FLORIANÓPOLIS: 4 VEZES POR SEMANA, EM DEZEMBRO
BUENOS AIRES-RIO DE JANEIRO: 7 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
GOL LINHAS AÉREAS
BUENOS AIRES-FORTALEZA: 1 VEZ POR SEMANA, EM DEZEMBRO
BUENOS AIRES-JOÃO PESSOA: 1 VEZ POR SEMANA, EM DEZEMBRO
BUENOS AIRES-NATAL: 1 VEZ POR SEMANA, EM DEZEMBRO
BUENOS AIRES-RECIFE: 1 VEZ POR SEMANA, EM DEZEMBRO
BUENOS AIRES-RIO DE JANEIRO: 7 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
BUENOS AIRES-SALVADOR: 1 VEZ POR SEMANA, EM DEZEMBRO
BUENOS AIRES-SÃO PAULO: 7 VEZES POR SEMANA, EM SETEMBRO
BUENOS AIRES-BRASÍLIA: 7 VEZES POR SEMANA, EM SETEMBRO
BUENOS AIRES-SÃO PAULO: 7 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
CÓRDOBA-RIO DE JANEIRO: 3 VEZES POR SEMANA, EM NOVEMBRO
LIMA-SÃO PAULO: 7 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
MIAMI-FORTALEZA: 3 VEZES POR SEMANA, EM NOVEMBRO
MONTEVIDÉU-RECIFE: 1 VEZ POR SEMANA, EM DEZEMBRO
MONTEVIDÉU-SÃO PAULO: 7 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
ORLANDO-MANAUS: 1 VEZ POR SEMANA, EM NOVEMBRO
PARAMARIBO-BELÉM: 2 VEZES POR SEMANA, EM SETEMBRO
PUNTA CANA-SÃO PAULO: 1 VEZ POR SEMANA, EM SETEMBRO
ROSÁRIO-RIO DE JANEIRO: 4 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
SANTIAGO-RECIFE: 1 VEZ POR SEMANA, EM DEZEMBRO
SANTIAGO-SÃO PAULO: 7 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
JETSMART
SANTIAGO-FOZ DO IGUAÇU: 2 VEZES POR SEMANA, EM NOVEMBRO
LATAM
BOSTON-SÃO PAULO: 3 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
BUENOS AIRES (APE)-SÃO PAULO: 3 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
BUENOS AIRES (APE)-SÃO PAULO: 3 VEZES POR SEMANA, EM NOVEMBRO
BUENOS AIRES (EZE)-SÃO PAULO: 7 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
CÓRDOBA-SÃO PAULO: 1 VEZ POR SEMANA, EM NOVEMBRO
FALKLANDS-SÃO PAULO: 1 VEZ POR SEMANA, EM NOVEMBRO
LIMA-FOZ DO IGUAÇU: 3 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
ORLANDO-SÃO PAULO: 3 VEZES POR SEMANA, EM SETEMBRO
SANTIAGO-FLORIANÓPOLIS: 3 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
SANTIAGO-RIO DE JANEIRO: 7 VEZES POR SEMANA, EM SETEMBRO
SANTIAGO-SÃO PAULO: 6 VEZES POR SEMANA, EM SETEMBRO
LUFTHANSA
FRANKFURT-RIO DE JANEIRO: 7 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
MUNIQUE-SÃO PAULO: 7 VEZES POR SEMANA, EM OUTUBRO
FONTE: Previsão passada à Anac pelas empresas aéreas. Quadro sujeito a alterações