Como parques podem beneficiar empreendimentos de hospitalidade?
Executivos compartilham experiências de como parques podem atrair hóspedes para o setor de hospitalidade
A relevância de parques temáticos como atrativos de empreendimentos de hospitalidade foi tema central de debate promovido durante o Imobtur - evento da Adit Brasil que discute o futuro do mercado imobiliário-turístico no Brasil.
Fabiana Leite, da RCI, mediou um painel de discussão com a presença de Alessandro Cunha, CEO da Aviva - representando o Rio Quente Resorts (GO) e a Costa do Sauípe (BA) - e Sérgio Ney Padilha, do Hot Beach Olímpia (SP).
Segundo o estudo Panorama Setorial de Parques, Atrações e Entretenimento, elaborado pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat) e Associação das Empresas de Parques de Diversão do Brasil (Adibra), dos 63 novos projetos de parques temáticos sediados no Brasil, 40% deles incluem o segmento de hospitalidade e hotelaria, com destaque para o setor de multipropriedade e timeshare.
Sérgio Ney falou sobre o potencial econômico dos parques temáticos, devido a sua capacidade de gerar empregos e renda para a população local das cidades onde os empreendimentos estão ancorados, citando como exemplo o parque aquático Thermas dos Laranjais, que se iniciou como um clube e recebeu o primeiro hotel da cidade, inicialmente com 24 unidades habitacionais.
“Em 1990, Olímpia era uma cidade com evasão de jovens. As pessoas saíam de lá para estudar e especialmente para trabalhar. Hoje o desemprego é zero e invertemos o fluxo, atraindo jovens para trabalhar no Turismo. Hoje, somente o complexo Hot Beach Olímpia conta com mais de 1,2 mil apartamentos e têm outros 800 em construção no Hot Beach You, segundo empreendimento multipropriedade do grupo"
Sérgio Ney Padilha, CEO do Hot Beach Parque & Resorts
Ney também ressaltou que cerca de 73% dos frequentadores do Hot Beach se tornam hóspedes dos resorts do grupo, mostrando a sinergia entre os dois empreendimentos.
Alessandro Cunha falou sobre um novo empreendimento no segmento de parques que será erguido na Costa do Sauípe, como parte integrante do resort do Grupo Aviva, que deve começar a ser construído em 2024, com previsão para inaugurar em 36 meses após o início das obras. O CEO também falou do ótimo desempenho do Hot Park no ano de 2023.
"O Hot Park deve receber 1,5 milhão de visitantes neste ano, sendo cerca de 800 mil hóspedes do complexo e o restante day users. O parque é fundamental para complementar a experiência do visitante, para aumentar a permanência dele e também possibilita o aumento da diária média".
Alessandro Cunha, CEO do Grupo Aviva
Ambos os executivos comentaram que os parques temáticos requerem mais reformas e atualizações que os empreendimentos hoteleiros, pois além da necessidade constante de manutenção, é necessário sempre inovar na oferta de lazer, levando em conta que o avanço das tecnologias pode tornar os atrativos obsoletos de um ano para o outro. Apesar do alto custo, o parque não só atrai mais hóspedes para os hotéis, como aumenta o gasto do turista, fomentando ainda mais a criação de empregos e a chegada de novidades aos equipamentos de lazer.